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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A história que explica a tragédia


"Mais de 400 pessoas foram mortas por rebeldes ugandeses do Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês), desde o dia de Natal, de acordo com a agência humanitária Caritas.
Esta informação foi avançada à cadeia britânica «BBC». Esta segunda-feira agências das
Nações Unidas haviam adiantado que seriam quase 200 as vítimas mortais, na sequência de ataques destes rebeldes a três aldeias congolesas.
A Caritas traça um cenário mais negro do que se passa na zona nordeste da República Democrática do Congo. Alerta que mais de 20 mil pessoas fugiram para as montanhas e que para além das mortes e de raptos, há relatos de pessoas mutiladas.
Em Faradje, uma testemunha disse à «BBC» que foram cortados os lábios a pelo menos cinco pessoas, no que terá sido considerado um aviso para que não falassem mal dos rebeldes.
Um dos ataques mais sangrentos aconteceu em Doruma, onde dezenas de pessoas foram mortas dentro de uma Igreja, onde procuravam refúgio.
O LRA actua no norte do Uganda há quase vinte anos. Pelo menos 10 mil pessoas foram mortas ou feridas pelo grupo, que sequestrou mais cerca de 20 mil crianças, usadas como soldados ou escravos sexuais. O grupo é liderado por Joseph Kony, um autoproclamado místico, procurado por crimes de guerra pelo tribunal criminal internacional."


Leia mais em: http://diario.iol.pt/internacional/rd-congo-uganda-congo-rebeldes-iol-africa/1027748-4073.html

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feminicídio no Congo



"Em um país da África Central, há pelo menos 10 anos há relatos de mulheres que são forçadas, debaixo da ameaça de armas, a ingerir excrementos, beber urina ou a comer bebês mortos. São testemunhas da mutilação genital dos seus maridos ou violadas durante semanas por grupos de homens. Relatos mostram imagens como “florestas que cheiravam a morte” e cenários em que “não se podia dar nem cinco passos sem tropeçar em um corpo”. Em alguns casos, meninos eram forçados a fazer sexo com suas próprias mães e irmãs.

No entanto, o crime mais terrível é a passividade da comunidade internacional, das instituições governamentais e dos meios de comunicação com este país. Nas palavras de uma ativista que recentemente o visitou: a indiferença total do mundo perante tal extermínio. “E enquanto nós estamos aqui a escrever o nosso relatório, há mulheres que estão a ser violadas, meninas que estão a ser destroçadas para sempre, mulheres que estão a ser testemunhas do assassinato (a golpe de catana) das suas famílias e outras que estão a ser infectadas pelo o vírus da AIDS. Onde está a nossa indignação? Onde está a consciência das pessoas?” "