quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Última do ano



Sou muito criticado de "idealista" e ás vezes até acusado de "querer mudar o mundo" com as minhas charges. Não é o caso.
Corro o risco de ser ridículo, mas penso que cada pessoa pode á sua maneira se compadecer um
pouco mais dos dramas alheios - sejam eles na Faixa de Gaza, no Congo, nas favelas no Rio ou no quintal do vizinho - e fazer alguma coisa pra ajudar, pra tentar melhorar, qualquer coisa que seja.
Não se trata de caridade ou de ser bonzinho. Trata-se de indignação com as coisas que são erradas, de responsabilidade em fazer o que é certo.
Algumas pessoas possuem essa centelha. Se é o seu caso, você deve me entender. Se não, desconsidere essa mensagem.

Bom, são os meus votos pra ti, caro leitor.


FELIZ ANO NOVO!

Agradecimento(s)

Aos meus professores e colegas chargistas, desenhistas e cartunistas que em algum momento de 2008 tiveram que aturar este pentelho que vos fala.
Abraço e feliz ano novo procês.
Diego Novaes.

O mundo em contagem regressiva! (3)


FALTAM 21 DIAS para o tirano-assassino-fascista-déspota-invasor-genocida-cretino-bobo-feio-e-mau George W. Bush deixar o trono de imperador do mundo de uma vez por todas!

"Pouco antes do começo da invasão, no dia 19 de março de 2003, o ministro do Exterior do Iraque, Naji Sabri, deu um depoimento, já ciente do iminente ataque a seu país por parte do governo genocida de George W. Bush e Donald Rumsfeld, líderes da ação. Sabri, entre outras coisas, disse que “é o senhor Bush que deveria ir para o exílio”. E seguiu: “Os Estados Unidos jogam toneladas de bombas e ainda falam em direitos humanos. Vão contra a opinião pública do mundo inteiro e ainda falam em democracia. Como este homem [Bush] pode ter se tornado presidente de pessoas inteligentes como os norte-americanos?” "

Leia mais do texto de Gustavo Barretto em: http://www.fazendomedia.com/2008/internacional20080923.htm


terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Frase do Dia:


“As Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade não tem mais do que o direito de ver, ouvir e calar”.


Eduardo Galeano, em seu célebre texto “Una Invitación al Vuelo”

Um tapa na cara da democracia


"A paz, a estabilidade e a democracia no Iraque são impossíveis sob a ocupação. A ocupação estrangeira se opõe por natureza aos interesses do povo ocupado, fato demonstrado pelos seis milhões de iraquianos refugiados no interior e no exterior do Iraque, o assassinato planificado de professores, universitários e profissionais iraquianos, a destruição da cultura iraquiana, assim como os mais de 1 milhão de iraquianos que perderam a vida. (...) Se a comunidade internacional e o USA estivessem interessados na paz, na estabilidade e na democracia no Iraque, deveriam aceitar que só a Resistência iraquiana — armada, civil e política — pode conseguir isso, garantindo os interesses do povo iraquiano.""

Leia mais em: http://www.anovademocracia.com.br/index.php/Tudo-que-deriva-da-ocupacao-do-Iraque-e-ilegal-e-ilegitimo.html







A história que explica a tragédia


"Mais de 400 pessoas foram mortas por rebeldes ugandeses do Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês), desde o dia de Natal, de acordo com a agência humanitária Caritas.
Esta informação foi avançada à cadeia britânica «BBC». Esta segunda-feira agências das
Nações Unidas haviam adiantado que seriam quase 200 as vítimas mortais, na sequência de ataques destes rebeldes a três aldeias congolesas.
A Caritas traça um cenário mais negro do que se passa na zona nordeste da República Democrática do Congo. Alerta que mais de 20 mil pessoas fugiram para as montanhas e que para além das mortes e de raptos, há relatos de pessoas mutiladas.
Em Faradje, uma testemunha disse à «BBC» que foram cortados os lábios a pelo menos cinco pessoas, no que terá sido considerado um aviso para que não falassem mal dos rebeldes.
Um dos ataques mais sangrentos aconteceu em Doruma, onde dezenas de pessoas foram mortas dentro de uma Igreja, onde procuravam refúgio.
O LRA actua no norte do Uganda há quase vinte anos. Pelo menos 10 mil pessoas foram mortas ou feridas pelo grupo, que sequestrou mais cerca de 20 mil crianças, usadas como soldados ou escravos sexuais. O grupo é liderado por Joseph Kony, um autoproclamado místico, procurado por crimes de guerra pelo tribunal criminal internacional."


Leia mais em: http://diario.iol.pt/internacional/rd-congo-uganda-congo-rebeldes-iol-africa/1027748-4073.html

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A luta (de classes) continua, companheiro!


Essa charge acabou ficando na gaveta, era pra ter sido postada semana passada. Ponto pro governo por ter se negado a mexer na CLT pra atender a ganância dos mega-empresários de plantão. Vamos ver se o Ministério do Trabalho vai continuar firme na decisão.

Leia mais em: http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/12/18/e181214007.html

E por falar em Bush...


Pra discontrair: ouvi no rádio esses dias que o fabricante do modelo do sapato que aquele jornalista atirou no Bush já recebeu mais de 30.000 encomendas!

domingo, 28 de dezembro de 2008

O mundo em contagem regressiva! (4)

FALTAM 24 DIAS para o tirano-assassino-fascista-déspota-invasor-genocida-cretino-bobo-feio-e-mau George W. Bush deixar o trono de imperador do mundo de uma vez por todas!

"O enviado divino George W. Bush disse que Saddam teve um julgamento justo e sua execução foi um "exemplo de maturidade da jovem democracia iraquiana". As principais organizações de direitos humanos do mundo condenaram a execução e denunciaram o julgamento parcial."

Leia mais em: http://www.fazendomedia.com/novas/internacional030107.htm

Terror em Gaza


Gostaria de chamar sua atenção para o genocídio que o Estado de Israel protagoniza sobre a Faixa de Gaza. Idosos, mulheres e crianças vêm sofrendo privações intermináveis, todo o tipo de abusos e violência indescritível nas mãos do exército invasor. Tudo isso sob o nariz da comunidade internacional que finge que não vê, da União Européia que finge que se importa e dos Estados Unidos que fingem que querem a paz mundial.

"Aviões e helicópteros de combate israelenses bombardearam a Faixa de Gaza neste sábado, deixando pelo menos 208 mortos no território controlado pelo Hamas, num dos dias mais sangrentos para os palestinos em 60 anos de conflito com Israel."

"O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que a ofensiva aérea israelense era "criminosa" e pediu intervenção da comunidade internacional".

"Neste sábado, corpos eram empilhados, e feridos se contorciam em dor. Os que mostravam sinais de vida eram levados para carros e ambulâncias".

"Mais de 700 palestinos ficaram feridos, de acordo com os médicos".


Mais informações em: http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE4BQ00320081227?pageNumber=2&virtualBrandChannel=0


Frase do Dia:

"Não vamos deixar nossa terra, não vamos levantar bandeiras brancas e não vamos ficar de joelhos, exceto diante de Deus"

(Ismail Haniyeh, líder do governo do Hamas na Faixa de Gaza)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Presente da moda


Caro leitor, desejo a você e a toda sua família um
Feliz Natal!!!
Abraço,
Diego Novaes

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Leitores do meu coração


Só passei pra avisar que temos sete postagens novas, algumas que estavam encalhadas desde semana passada por falta de tempo pra produzir as charges.
Aí publiquei tudo logo hoje, desculpem meu ritmo frenético...rs
E vem mais por aí!

O grande sábio


"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta segunda-feira, um pronunciamento em rede nacional de televisão. Durante seu discurso, Lula (...) chamou a população a consumir, para estimular a economia, e disse: (...) "Se você tem um dinheirinho no bolso, não frustre seu sonho com medo do futuro". "

Mais em: http://economia.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=3&id=3874241&titulo=Em+pronunciamento-+Lula+afirma-+

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Por trás da ilusão de segurança


"Informações que circulavam ontem no enterro de quatro jovens mortos pela Polícia Civil no Complexo da Maré (na última sexta feira dia 19) dão conta de que os corpos tinham marcas de tiro à queima-roupa, um forte indício de execução. Parece pouca coisa, mas essa costuma ser a diferente entre um confronto armado e uma chacina. Ninguém troca a tiros a menos de três metros de distância.

Os policiais envolvidos nesse suposto auto de resistência são da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), uma tropa bem adestrada e pouco afeita a esse tipo de violência. O chefe dessa tropa, o delegado Rodrigo Oliveira, é um policial que costuma respeitar as leis, mesmo na linha de frente, no calor do fogo cruzado. Mas, como a gente sabe, erros acontecem. E quem vai pagar por eles?

As famílias dos jovens negam veementemente que eles fizessem parte do tráfico. Não há informações de que eles portavam armas de fogo. E também não houve luto no comércio do Parque União, o que ocorre sempre que traficantes são mortos. São mais indícios de que houve um erro grave da polícia."
Fonte: Blog do JAB


Repressão é apelido...


"No dia 18 deste mês (quinta feira passada) foi realizado ato contra a 10ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, marcada para os dias 18 e 19 de dezembro, na Candelária, em frente a sede da ANP (Agência Nacional de Petróleo). (...)

Minutos depois, seguimos pela Av. Rio Branco, em direção à Cinelândia, quando ouviu-se um tumulto no meio da marcha: alguns companheiros haviam avançado um pouco a linha de segurança dos policiais, foi o bastante para que os vermes saíssem batendo sem avisar nada, em qualquer um à sua frente."

Fonte: http://www.mrs-socialismo.blogspot.com/

Quero registrar aqui minha solidariedade a todos os companheiros vítmas de mais este triste episódio de truculência policial no Rio de Janeiro.


Feminicídio no Congo



"Em um país da África Central, há pelo menos 10 anos há relatos de mulheres que são forçadas, debaixo da ameaça de armas, a ingerir excrementos, beber urina ou a comer bebês mortos. São testemunhas da mutilação genital dos seus maridos ou violadas durante semanas por grupos de homens. Relatos mostram imagens como “florestas que cheiravam a morte” e cenários em que “não se podia dar nem cinco passos sem tropeçar em um corpo”. Em alguns casos, meninos eram forçados a fazer sexo com suas próprias mães e irmãs.

No entanto, o crime mais terrível é a passividade da comunidade internacional, das instituições governamentais e dos meios de comunicação com este país. Nas palavras de uma ativista que recentemente o visitou: a indiferença total do mundo perante tal extermínio. “E enquanto nós estamos aqui a escrever o nosso relatório, há mulheres que estão a ser violadas, meninas que estão a ser destroçadas para sempre, mulheres que estão a ser testemunhas do assassinato (a golpe de catana) das suas famílias e outras que estão a ser infectadas pelo o vírus da AIDS. Onde está a nossa indignação? Onde está a consciência das pessoas?” "


Seis décadas de hipocrisia


Há 60 anos, direita desumana ofusca Direitos Humanos

Por Leandro Uchoas

"Em quantos países a tortura não é utilizada pelo braço armado do Estado, assumidamente ou não? Em que nações as crianças estão, todas, na escola? Há algum lugar onde a lei dá igual tratamento a todas as pessoas? Firmada em 1948 pelas Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é um avanço da humanidade, mas ainda está infinitamente longe de ser cumprida, mesmo que parcialmente.

Em seu célebre e famoso texto “Una Invitación al Vuelo”, Eduardo Galeano assim resume: “As Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade não tem mais do que o direito de ver, ouvir e calar”.

Ao ganhar o Prêmio Nobel da Literatura em 1998, quando a declaração fazia 50 anos, José Saramago sublinhava em entrevista essa divida da humanidade. “A situação dos direitos humanos é péssima. Basta fazer um exercício para ver. Faça uma lista dos países que assinaram a declaração. Depois, uma lista dos que violaram os direitos humanos nos últimos anos. Estão todos lá. O documento é o testemunho de uma vontade, mas que ficou limitada ao texto”.

À imprensa caberia auxiliar na educação popular, e cobrar do Estado uma postura de completo respeito aos Direitos Humanos. Mas a grande mídia brasileira não só educa pouco como valida posturas reacionárias do Estado. Primeiramente, não educa porque uma mídia que trabalha a notícia como produto a ser vendido, jamais vai se preocupar com educação. O “produto” tem que se adaptar à vontade do “consumidor”, e precisa ser digerido com facilidade.

Além disso, valida posturas reacionárias do Estado porque, estruturada em valores conservadores, age em defesa de políticas excludentes que, indiretamente, representam um desrespeito completo aos direitos humanos: ampara política de segurança pública de extermínio em áreas pobres, defende programas econômicos que geram exclusão, sustenta projetos liberais de educação e saúde, cobre exaustivamente os conflitos econômicos, e estimula os valores de consumo e culto a celebridades. Ao fazer tudo isso, e por ser hegemônica, a mídia inviabiliza os direitos humanos.

Mais do que isso, o monopólio discursivo que ela representa no Brasil – país onde quase inexiste disputa ideológica na mídia – já é por si só um desrespeito ao artigo 19 da Declaração dos Direitos Humanos, que trata do direito à opinião e expressão. No país em que rádios comunitárias são perseguidas e fechadas, canais de televisão são capitanias hereditárias, e todos os jornais defendem os mesmos valores e grupos político-econômicos, não dá pra acreditar em liberdade de expressão.

Nesse sentido, o mesmo texto de Galeano supracitado, escrito em 1998, fornece uma sentença definitiva. Sonhando com um milênio mais justo, o escritor uruguaio simulava previsões positivas de construção de uma humanidade mais justa. Numa delas, diz: “a comida não deverá ser uma mercadoria, nem a comunicação um negócio, porque a comida e a comunicação são direitos humanos”. Oxalá consigamos tornar o sonho de Galeano real."


Fonte: jornal Fazendo Media impresso, dezembro 2008

Lito, pra que te quero?


Essa é uma HQzinha que fiz para um trabalho da faculdade, satiriza o processo da litografia, que é uma técnica de impressão em pedra, muito usada no século XIX.

Esse é um ótimo site que fala sobre o assunto: http://tipografos.net/tecnologias/litografia.html

sábado, 20 de dezembro de 2008

Formação de quadrilha


A Guerra Mundial Africana

"Para o analista congolês Muzong Kodi, do centro de pesquisa internacional Chatham House, as rivalidades étnicas são uma "cortina de fumaça". "As causas fundamentais do conflito são a guerra dos minerais, que nunca foi discutida nas negociações de paz e a impunidade das violações humanitárias".

Kodi vê com receio a perspectiva de envolvimento dos países da região no conflito. Na Cúpula sobre a Paz no Congo, recém-realizada no Quênia, os africanos criticaram a inércia da ONU e prometeram mandar tropas, se necessário. O Conselho de Segurança da ONU afirma haver consenso sobre o envio de reforços. Mas, enquanto os países desenvolvidos resistem em ceder militares, os africanos mobilizam suas tropas. Após a derrota da diplomacia francesa, que tentou articular o envio de soldados europeus, Angola anunciou nesta semana que seu Exército já está em estado de alerta. Teme-se uma escalada da violência, como a que ocorreu entre 1998 e 2003, quando seis Exércitos lutaram na guerra civil congolesa. O conflito, também chamado de Guerra Mundial Africana, deixou 5 milhões de vítimas, a maioria civis mortos pela fome ou por doenças, em meio ao fogo cruzado.

Para o coronel Jean-Paul Dietrich, porta-voz da Monuc, a presença de tropas estrangeiras fora da bandeira da ONU agravaria a situação no Congo. Conflitos de interesses persistem, apesar do fim formal das hostilidades, em 2003. "Creio que Ruanda se aproveitou da fragilidade do Estado congolês para escavar as minas no limite da legalidade", diz o militar. A reconciliação dos países, segundo ele, passa também pelo julgamento das milícias hutus acusadas do genocídio de 1994. A despeito de um acordo bilateral, há indícios de que o Congo coopere com os milicianos, que combatem Nkunda. A paz armada nos Grandes Lagos pode ser prelúdio da "segunda guerra mundial" africana, como temem Kodi e Dietrich, ou início de uma solução regional, diante da falência da ONU."

Fonte: Rede Contra a Violência, 16/11/2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Todo sapato é pouco!!!

Queridos leitores, descobri recentemente que chamar alguém de "filho de um sapato" no Iraque é um insulto gravíssimo. Então pude concluir que para um tirano-imperialista-assassino-fascista-déspota-incompetente-imbecil-ganancioso-invasor-genocida-cretino-bobo-feio-mau como o Bush, todo sapato é pouco!

Como muito provavelmente eu fui o último chargista do Brasil a desenhar as sapatadas que o Bush (infelizmente) não levou na cara, para corrigir esse erro imperdoável faço questão de publicar, mesmo que tão tardiamente, uma chargezinha aqui pra não passar em branco um momento histórico como esse.

Na minha humilde opinião, apesar de não ter sido uma ação civilizada, foi uma demonstração de coragem e repúdio á hipocrisia da "visita de despedida" do Bush ao Iraque após dois milhões de iraquianos mortos desde 2003 pela invasão americana. Ao atirar dois sapatos contra Bush, o jornalista Muntadhar al-Zaidi realizou um gesto simbólico, vingando o povo iraquiano e o país contra aquele que massacrou e matou seu povo.


E pra quem quiser dar sua própria sapatada no Bush, vai aí um joguinho que está nesse endereço. Divirta-se!

Frase(s) do Dia:

"Este é um presente dos iraquianos; este é seu beijo de despedida, cachorro!"


"Este é das viúvas, órfãos e aqueles que foram mortos no Iraque!"


(Muntader al Zaidi)






''Milhões de iraquianos ou talvez milhões de pessoas no mundo inteiro gostariam de ter feito o que Muntadhar fez''


(Uday al-Zeidi, irmão de Mundathar)






quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E por falar em AI-5...Bolsonaro ataca outra vez!!!

O deputado Jair Bolsonaro, munido de um grande ímpeto moralista, se atém a acusar seus companheiros políticos de crimes e delitos diversos, tentando encobrir o que não se pode mais esconder, desculpar o indesculpável: nada pode justificar os crimes de tortura e assassinato cometidos pela ditadura militar. Nem mesmo a verborragia do deputado pode encobrir o fato de que as forças armadas e o próprio Estado adquiriram uma dívida para com todo o povo brasileiro, principalmente para com os familiares de suas vítimas, muitos que nem sequer puderam ter a dignidade de enterrar seus mortos e que lutam até hoje por justiça.

Aí vai uma aula sobre o assunto:

http://www.torturanuncamais-rj.org.br/jornal/pg05.html

http://www.torturanuncamais-rj.org.br/jornal/pg04.html

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Considerações pertinentes

Abaixo um texto do comapanheiro Thiago Araújo, de São Luís do Maranhão:

"Em outra matéria do meu blog, acho que eu já havia falado sobre essa questão (acho que foi na matéria "Militarização da Cultura") que o atual estado de coisas nos impõe como dever intelectual pensar. Há uma estética ideológica (embora a direita fascista brasileira não confesse) que manipula a opinião pública (e a polícia brasileira e mundial está inclusa nisto), uma estética da cidadania democrático-capitalista que silenciosamente elimina o abominável-cultural que difere dela e um dos instrumentos além da seleção escolar, extenuação do trabalho, subemprego - é a própria polícia, que não se referencia em ideais de direitos humanos, mas em caças sensacionalistas ao povo da periferia.

Acho que é muito salutar, companheiro Diego, denunciar de fato essas atrocidades e realmente desmascarar esta instituição que é um dos braços fortes do capital hoje (já repararam que a maioria de candidatos à vida público-parlamentar falam de segurança com um tom populista e falso?). É dada muita confiança à polícia hoje. Inclusive observem que muitas escolas públicas e privadas estão abrindo espaços em feiras de conhecimento, até mesmo para expor armamentos para as crianças. Isso ocorre aqui em São Luís. Que é isso gente! Será que num universo de tanta magia e mistério que é o nosso mundo - temas como estrutura bélica da polícia - serão aceitos em uma escola como objeto de apreciação e estudo? Isso é para pararmos para pensar. Volto a dizer, há uma estética ideológica e higienizadora no ar e ela é que funda essa violência toda. "

Leia mais em: http://thiagoaraujo1981.blogspot.com/

domingo, 14 de dezembro de 2008

40 anos do AI-5


"Como se sabe, o AI-5, início do Grande Terror da ditadura militar, e fonte de várias monstruosidades que permanecem até hoje, que há dois dias fez 40 anos, não foi aprovado apenas por militares. Com exceção do vice Pedro Aleixo, todos os outros membros do governo o aprovaram, incluindo os civis.Um deles merece destaque hoje em dia: Delfim Netto, então ministro da Fazenda, que justificou seu voto, como não poderia deixar de ser, tecnocraticamente, como o bom economista que busca o "desenvolvimento econômico" acima de tudo. Neste zelo capitalista, foi talvez o único que achou o AI-5 ainda pouco, ele opinou que o presidente deveria ter o poder até de mudar a constituição sem consultar ninguém! O "desenvolvimento econômico" preconizado por Delfim concretizou-se nos anos 70; nas suas palavras, "o bolo cresceu", mas jamais foi dividido.

A desigualdade social que se aprofundou na época jamais foi revertida, e suas conseqüências estão aí para quem quiser ver: catástrofe social, violência, genocídio, desespero. Quer dizer, além dos mortos diretos devido à ditadura, Delfim carrega nas costas a culpa por milhões de mortos e mutilados pelo capitalismo perverso que ele preconizou. Não obstante, Delfim, hoje, posa de intelectual descompromissado, e até mesmo crítico. Toma café com e aconselha habitualmente o presidente Lula. Já foi cotado até para ser ministro de Estado. Tem uma coluna permanente na Carta Capital, revista lida por boa parte da esquerda. Aliás, no seu último número, Carta Capital é dedicada, inclusive com matérias de capa, à questão dos direitos humanos. E lá está Delfim, um dos pais do AI-5, olímpico, escrevendo verdadeiras abobrinhas teóricas sobre mercado e moeda...

A "absolvição" implícita de Delfim é mais uma prova cabal e vergonhosa da complacência de boa parte da sociedade, incluindo boa parte da esquerda, com os criminosos, violadores de direitos e tecnocratas selvagens de ontem e de hoje. Querem relembrar e criticar o AI-5? Lembrem de Delfim.... Seguem as palavras infames de seu voto a favor do AI-5
(fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/hotsites/ai5/personas/delfimNetto.html). Para os mais jovens: onde se lê "revolução", leia-se "golpe militar". "

Fonte: Rede Contra a Violência

Sob a ótica de quem viu


O jovem Jonathan, morador da Maré, presenciou a cena do corpo do menino Matheus, assassinado por policiais na manhã da quinta feira dia 4. Essa charge feita por ele retrata mais este triste episódio da violência do Estado nas comunidades da cidade do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Frase do Dia:


"Quando uma sociedade deixa matar crianças é porque começou seu suicídio como sociedade."
(Betinho)
Que fique registrado meu estarrecimento diante da decisão de um JÚRI POPULAR nesta quarta feira dia 10, que absolveu o policial militar Wiliam de Paula, RÉU CONFESSO do crime de assassinar o menino João Roberto, de 3 anos, naqueles 17 tiros disparados contra uma família num carro na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, em julho desse ano. Isso mostra que já é consenso entre setores da sociedade civil que a polícia deve atirar primeiro, perguntar depois.

Pegadinha...


"O atual governo do estado do Rio de Janeiro é responsável por um aumento vertiginoso do número de "autos de resistência" – civis mortos pela policia. Em 2007 foram computados 1330 registros. Nos primeiros três meses de 2008, foram registrados 358, o que representa um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2007. Dados do encerramento do primeiro semestre desse ano apontam 849 mortes.

O custo humano dessa política de governo não se justifica! Hoje temos a polícia que mais mata e mais morre no mundo, num quadro trágico que já alcançou índices recordes, jamais vistos anteriormente."

"Se os movimentos sociais querem impedir a barbárie, devem espalhar essa imagem em cartazes, outdoors e muros da cidade, pra que todos saibam quem é o principal responsável pelos milhares de mortos que o Rio de Janeiro enterra todos os anos."

Leia mais em: http://www.fazendomedia.com/diaadia/protoblog.htm


domingo, 7 de dezembro de 2008

Maré de luto


Ninguém está seguro no Rio de Janeiro


É repugnante, inacreditável e absurda a atuação da Polícia Militar nas favelas do Rio de Janeiro. Dessa vez, a ignorância total, a covardia e o despreparo por parte de um agente do Estado fizeram de uma criança de apenas oito anos sua vítima fatal.

O grande crime punível de morte do menino Matheus foi o de ir comprar pão por volta das 8 horas da manhã, na última quinta feira, 4/12, aqui na Baixa do Sapateiro, Complexo da Maré. Ao sair de casa foi alvejado por um tiro de fuzil na nuca, que estraçalhou parte de seu rosto. Um tiro disparado por um policial militar, ou seja, mais um tiro disparado pelo Estado. Muitas testemunhas desmentem a versão da polícia, que como sempre sustenta ter havido troca de tiros com traficantes. Em nome de um corporativismo execrável, a polícia afirma também que o autor do disparo não foi um policial, contrariando testemunhas que inclusive não permitiram a vil tentativa de policiais que, minutos depois, retornaram ao local para tentar levar o corpo do menino, alegando "tentar salvá-lo".

Em entrevista á Band News FM, nesta sexta feira, o delegado da 21 DP de Bonsucesso, Carlos Eduardo Pereira de Almeida, quando questionado pelo jornalista Ricardo Boechat sobre a autoria do disparo, gaguejando bastante em evidente sinal de nervosismo, teve dificuldades de tentar explicar que tipo de incursão policial estaria ocorrendo no momento que justificasse a versão de troca de tiros com traficantes, sustentada pela polícia.

É triste constatar que por conta da irresponsabilidade de nossos governantes, se faz cumprir esta lógica do enfrentamento meramente cinematográfico e de eficiência questionável, inspirada na política fascista da criminalização da pobreza, marca registrada deste Estado Penal, protagonista de crimes hediondos contra os direitos humanos, tão (ou mais) cruel que no período ditatorial.

Se um menino é executado dessa forma ao ir comprar pão ás 8 horas da manhã, no Rio de Janeiro ninguém está seguro. Pelo menos quem não pode pagar caro por esta segurança. É esse o saldo da política do enfrentamento do governador Sergio Cabral.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Fotos do horror

"Justiça!" Indignado, o fotógrafo Naldinho Lourenço, registrou em imagens cenas que ficarão por muito tempo na sua memória e na dos moradores da Baixa do Sapateiro. A morte de Matheus Rodrigues, de 8 anos, causou dor e revolta na comunidade.
Ao sair de casa para comprar pão, pouco antes das 8h, Matheus foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça durante uma operação policial na favela. Moradores acusam a polícia e a mesma diz que o disparo partiu de traficantes.








Meu caro leitor, gostaria de deixar claro que a publicação destas imagens não se trata de sensacionalismo de qualquer espécie, antes a manifestação de minha profunda indgnação com o que aconteceu a este menino e meu sincero pesar pelo drama desta família. Quando se trata de tragédias, como no caso da epidemia de dengue no Rio, das chuvas em Santa Catarina e em Campos por exemplo, somos induzidos a quantificar o número de mortos através de meros números. Porém por trás das estatísticas de tragédias estão histórias, como esta, e a tragédia da violência no Rio de Janeiro não foge á regra.

Texto de Walter Mesquita
Fotos Naldinho Lourenço

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Justiça, justiça e justiça!!!


Foi o que os moradores da Baixa do Sapateiro, comunidade da Maré, pediram na manhã desta quinta-feira, 04 de novembro. Mateus Rodrigues, de 8 anos, foi morto por volta das 8 horas. Ele estava saindo para comprar pão, morreu na porta de casa, sentado, com um tiro na boca, dado pela Polícia Militar. Familiares e moradores alegam não ter tido troca de tiro. Revoltados com a situação, moradores foram para frente da 22° BPM, localizada no Morro do Timbau, também no Complexo da Maré. Caveirão e a Polícia Civil, já estavam à espera deles. Outro grupo ocupou a Linha Amarela, e outros a Av. Brasil. A PM já está soltando a versão de que foi troca de tiros. Nesse momento, a família está na 21ª DP prestando depoimentos. Moradores revoltados fazem vigília ao redor do corpo e impedem a remoção do mesmo para evitar que a PM retire as evidências. No local, há um clima de muita tensão e revolta.

O enterro será amanhã às 10h no cemitério do Caju. Não temos ainda a informação de qual será a capela. Mas nos encontraremos por lá!!Vai sair um ônibus daqui da Maré... Esperamos todos lá, vamos falar a verdade, vamos mostrar à toda a sociedadeo nosso desespero, a nossa insatisfação com essa política de extermínio que apenas mata e na da resolve!!! Vamos falar a verdade, estão espalhando por aí que teve troca de tiro, e isso não é verdade, eu moro aqui, e não ouvi nada disso, vizinhos de Mateus Rodrigues, tb afirmam que não houve troca de tiros!

Leia mais em:



Colaboração: texto Glaucia Marinho












segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

1º DE DEZEMBRO - DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS

"Combate ao Preconceito e ao Estigma"

Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas - ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.
O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico.
Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Ao discutir preconceito e discriminação, o Ministério da Saúde espera aliviar o impacto da Aids no País. O principal objetivo é prevenir, reduzir e eliminar o preconceito e a discriminação associados à Aids. O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. Agora nós, brasileiros, precisamos encontrar uma forma de quebrarmos os preconceitos contra a doença e seus portadores e sermos mais solidários do que somos por natureza. Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários de nossas vidas.
O que é Aids:
Uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunísticas e câncer.
Transmissão:- o vírus HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno;- relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, transmitem a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite;- compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis;- transfusão de sangue contaminado;- instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados;- da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação.
Tratamento:Atualmente a terapia com os chamados "anti-retrovirais" proporciona melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunísticas, redução da mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes. (Os anti-retrovirais são medicamentos que suprimem agressivamente a replicação do vírus HIV).
Fique sabendo: A Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina, praia e, antes de tudo, não se pega aids dando a mão ao próximo, seja ele ou não soropositivo.
Fontes: Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.