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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

É indigesto, mas precisa ser dito

Fiz essas aqui para o jornal A Nova Democracia desse mês. Vale a pena dar uma conferida.



"Chamava-se Judy Trunnell a primeira pessoa a morrer no USA em razão da chamada gripe suína. Ela faleceu no último dia 5 de maio em uma cidade próxima à fronteira com o México, logo depois de dar à luz, e no dia 11 do mesmo mês seu marido entrou com um processo contra a multinacional ianque Smithfield Foods, a maior produtora de carne suína do mundo. O que uma coisa tem a ver com a outra? Steven Trunnell alega que a morte de sua esposa foi consequencia das condições insalubres sob as quais a filial mexicana desta empresa confina cerca de um milhão de porcos nos arredores da pequena localidade de La Glória, que fica no estado fronteiriço de Veracruz. (...)

O que a imprensa vendida e os porta-vozes do imperialismo fazem circular é que o H1N1 é resultado de uma fatalidade biológica, uma combinação inevitável de genes da gripe humana, aviária e da que acomete os porcos, algo fruto de uma traquinagem da natureza que não poderia mesmo ser evitada. No entanto, sabendo que mais cedo ou mais tarde esta gripe será batizada pelo seu verdeiro nome — talvez "gripe da suinocultura industrial-capitalista" — a administração Obama tentou se antecipar à emergência e disseminação das informações sobre a verdadeira origem da doença com uma medida tão tardia quanto hipócrita. (...)"

Leia o texto na íntegra em: http://www.anovademocracia.com.br/content/view/2356/105/



"A nomeação do coronel Mário Sérgio significa nada mais nada menos que a chegada do Bope ao comando da repressão aos pobres do Rio de Janeiro. Isso menos de dois anos após a campanha cinematográfico-publicitária do fascista "Tropa de Elite", que tentou fabricar o mito de uma polícia "boa" porque "incorruptível". (...)
Os números contribuem para a manutenção da polícia do Rio de Janeiro no topo do ranking das que mais matam no mundo. No mesmo ano de referência, 1.330 pessoas foram assassinadas por policiais, segundo os números oficiais. Em 2008, outras, segundo dados do Instituto de Segurança Pública, 1.137 foram mortas em supostos confrontos com a polícia, contra 58 policiais mortos em atividade. (...) "

"(...) Somente nos primeiros sete meses desse ano doze crianças já foram baleadas por policiais em invasões a bairros pobres da cidade. Na maioria dos casos, os policiais abandonam as vítimas, recaindo a responsabilidade pelo seu socorro sobre os próprios moradores.

Na maioria dos casos a Secretaria de Segurança Pública, sem que nada fosse investigado, isentou os PMs de culpa, assim como se negou a enviar as armas usadas pelos policiais ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli para que fossem periciadas. Todos esses episódios, assim como muitos outros crimes contra o povo cometidos todos os dias pela PM do Rio de Janeiro, evidenciam o alento do Estado em criminalizar a pobreza, criando os alicerces para o seu extermínio. "





segunda-feira, 11 de maio de 2009

A culpa é DESSE porco...


Ainda que com muito atraso, resolvi publicar, praticamente na íntegra esse excelente artigo do sociólogo Cristóvão Feil, (autorizado pelo próprio), que aponta de forma muito interessante os verdadeiros culpados da gripe "suína".

"(...) Vejam o caso dessa epidemia mundial de gripe viral. Estão chamando-a – de forma imprópria – de gripe suína. Nada mais ideológico. Nada mais acobertador da verdade.

O vírus dessa gripe se originou da combinação de múltiplos pedaços de ADN humanos, aviários e suínos. O resultado é um vírus oportunista que acomete animais imunodeprimidos, preferencialmente porcos criados comercialmente em situações inadequadas, não-naturais, intensivas, massivas, fruto de cruzamentos clonados e que se alimentam de rações de origem transgênica, vítimas de cargas extraordinárias de antibióticos, drogas do crescimento e bombas químicas visando a precocidade e o anabolismo animal.

Especulações científicas indicam que o vírus dessa gripe teve origem nas Granjas Carroll, no Estado mexicano de Vera Cruz. A granja de suínos pertence ao poderoso grupo norte-americano Smithfield Foods, cuja sede mundial fica no Estado de Virgínia (EUA).

A Smithfield Foods detém as marcas de alimentos industriais como Butterball, Farmland, John Morrell, Armour (que já teve frigorífico no RS e na Argentina), e Patrick Cudahy. Trata-se da maior empresa de clonagem e criação de suínos do mundo, com filiais em toda a América do Norte, na Europa e China.

Deste jeito, pode-se ver que não é possível continuar chamando a gripe de “suína”, pois trata-se de um vírus oportunista que apenas valeu-se de condições biológicas ótimas – propiciadas pela grande indústria de fármacos, de engenharia biogenética, dos oligopólios de alimentos e seus satélites de grãos e sementes. Todos esses setores contribuiram com uma parcela para criar essa pandemia mundial de gripe viral.

O nome da gripe, portanto, não é “suína”. O nome da gripe é: “gripe do agronegócio internacional” – que precisa responder judicialmente o quanto antes – urgentemente – pela sua ganância e irresponsabilidade com a saúde pública mundial".


Leia mais em: http://diariogauche.blogspot.com/2009/04/o-nome-da-gripe-e-smithfield-foods.html