quarta-feira, 30 de julho de 2008

A grande família!!!


O sociólogo Francisco de Oliveira considera "otimismo em demasia" dizer que as acusações entre Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal e membros do governo podem ser o prenúncio de uma crise institucional.

"Isso são rusgas entre sócios, eles são sócios no assalto aos bens públicos. Estão todos rindo de um canto ao outro da boca. Os negócios vão de vento em popa. A briga deles é assim: um toma dinheiro do outro, vai á Justiça, compra a Justiça e por aí vai", avalia.
Para ele, as ações da Polícia Federal, como Satiagraha, são condizentes com os direitos e deveres da corporação, mas a espetacularização das ações deve ser evitada.
"Essas operações da PF têm um componente midiático muito forte. Todas as operações têm um nome, o que é desnecessário. Eles agem corretamente quando estão em cumprimento de sua missão policial. Mas há um sentimento gerado por essas ações que não é bom. Ao memso tempo em que a população gosta desse papel de justiceiro, parte da sociedade apóia quando a polícia sobe o morro para matar supostos criminosos. É um sentimento que toca fundo na população e isso pode ocasionar os piores excessos contra os pobres."

Fonte: Jornal Brasil de Fato, ano 6, número 282, pág 3, nota da Redação.

Leia mais em:

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia

sábado, 26 de julho de 2008

ARTE QUE INCOMODA

Em outubro do ano passado o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, sentiu-se tão incomodado com uma charge minha que publicou no site "Olhar Virtual" uma moção de repúdio em que esculhambava veementemente o artista que vos fala, a arte e a entidade que produziu o tal cartaz. Claro que se tratava de um incômodo meramente político, uma vez que Aloísio particularmente é “fã” do meu trabalho a ponto de possuir em seu gabinete uma charge minha emoldurada. Nada pessoal, mas respondi à altura. Pois é, nesta semana aconteceu algo semelhante, porém um fato de proporções épicas. Não comigo, mas com outro artista, Carlos Latuff. Pra quem não sabe, Latuff é um cartunista consagrado, velho de guerra e com uma longa trajetória no âmbito daquilo que eu prefiro chamar de esquerda verdadeira. É um ser raríssimo em tempos de pós-modernidade, justamente por suas convicções que o tornam um diferencial dentre tantos colegas de profissão, até muito mais renomados do que ele próprio.

Era uma vez um ato público em defesa da vida, uma charge do Latuff (abaixo) e um governo muito preocupado com uma imagem que vale mais que mil palavras...



"A direita do Rio de Janeiro não suportou o desenho de Latuff. Os oito outdoors começaram a ser censurados ontem: removidos ou simplesmente cobertos, como era comum durante a ditadura de 1964.
Claro que esse sentimento é reproduzido pelas corporações de mídia, a quem interessa manter o sistema do jeito que está. Por isso o Globo classificou o desenho de Latuff como uma obra "polêmica". Toda crítica ao sistema capitalista será de alguma forma desqualificada por seus aparelhos ideológicos. (...)


"Enquanto os detentores da produção e veiculação das mensagens imagéticas forem os representantes da direita, não haverá problema. Podem, tranqüilamente, veicular mensagens preconceituosas e até fascistas como vemos em novelas e filmes policialescos cujas mensagens legitimam a tortura e o extermínio das classes marginalizadas pelo sistema capitalista. No entanto, se a imagem for concebida por um artista de esquerda, forjado nas lutas contra a violência e a opressão do sistema capitalista, moverão mundos e fundos para censurá-la (...)
Se o governo impede, ou trabalha para impedir, uma determinada manifestação artística, está cometendo grave atentado à liberdade de expressão. "



"Não podemos assistir calados a tamanho autoritarismo! Não podemos ser coniventes com uma política de segurança que faz a polícia do Rio ser a que mais morre e a que mais mata no mundo. Vale a pena dividir a indignação com os amigos e familiares. Telefone para o governador Sérgio Cabral (2553-1030) ou escreva para governador@governador.rj.gov.br e diga: “Sou cidadão do Rio de Janeiro e reprovo a censura contra o desenho de Carlos Latuff. Governador Sérgio Cabral, respeite a liberdade de expressão!”. "

IMAGEM NÃO MATA! A POLÍCIA, SIM!!!


Leia na íntegra em:
http://www.fazendomedia.com/diaadia/protoblog.htm


domingo, 20 de julho de 2008

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Lágrimas de crocodilo...

“Sempre que acontece uma tragédia como essa do garoto de três anos que foi baleado e morto pela polícia, numa perseguição a bandidos, retorna-se, como sempre, à mesma retórica de que os policiais estão mal preparados. Mentira! Não estão não! Pelo contrário, eles estão fazendo e cumprindo exatamente aquilo que eles aprenderam dentro da Academia de Polícia, nos quartéis e também nas ruas. A polícia do Rio de Janeiro, e de todo o Brasil de uma maneira geral, é treinada e orientada para executar (somente no ano de 2007 foram registrados 1260 homicídios praticados pelos policiais do RJ).”
“Entretanto, o problema desse tipo de preparo e orientação é que os policiais acabam pensando que podem agir da mesma forma em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Eles não conseguem perceber que esse tipo de ação violenta e voltada para o extermínio só é permitida e tolerada nos morros, favelas e periferias e contra seus respectivos moradores que, por habitarem essas áreas, são colocados sob suspeição e criminalizados de forma imediata. Nessas localidades e contra essas pessoas eles podem atirar à vontade e ainda cantar que a sua missão “é invadir favela e deixar corpo no chão”. Prova disso é que uma criança de seis anos também foi assassinada a tiros pela polícia durante uma operação na favela do Muquiço, no dia 28 de junho, mas o fato não ganhou muito espaço na grande mídia. Porém, nesse caso, naturaliza-se o ocorrido, como se o valor da vida de uma criança, ou de qualquer outra pessoa, pudesse ser aferida pela sua condição social.”
“Portanto, a vida dessa criança de três anos que foi ceifada de maneira trágica, será apenas mais uma a fazer parte das estatísticas. Não haverá mudança na orientação e nem na preparação dos policiais porque a classe dominante brasileira não sabe e nem tem capacidade de dialogar com a massa da população, daí a necessidade de uma polícia desse tipo. O chamado “despreparo dos policiais” não passa de um eufemismo para esconder o fato de que ter uma polícia extremamente violenta, com o intuito de intimidar e, se necessário, eliminar aquele que se atrever a tentar afrontar a ordem vigente, é algo que se quis e que se programou meticulosamente. A ignorância, a intolerância e, mais ainda, o medo de perder seus privilégios e concessões são as características principais e inconfundíveis da elite política e financeira do Brasil.”



Leia o artigo na íntegrra em: http://www.redecontraviolencia.org/Artigos/350.html

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Os "comunistas" cuiabanos!!!

"O processo eleitoral 2008 já começou e vemos bastante gente boa por aí assustada ou surpresa com as coligações partidárias que vem se desenhando por todo país. Há alguns anos atrás, se um filho de deus tivesse a coragem de prever a aproximação de PT/PCdoB do PSDB/DEM perto de um 'companheiro' ou 'camarada', provavelmente sairia com o olho roxo e chamado de sectário e contra-revolucionário. Mas o que era exceção está virando regra."



Saiba mais em: http://www.mrs-socialismo.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Nem tudo que reluz é ouro!


"O programa (decreto-lei do Reuni - Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) prevê, em linhas gerais, a quase duplicação do número de estudantes de graduação, mas de uma graduação minimalista, própria do capitalismo dependente. Isso sem recursos relevantes, sem garantir a assistência estudantil e a garantia de recursos estatais para a manutenção e desenvolvimento da ampliação das IFES. Os recursos somente serão liberados a partir do atingimento das referidas metas, na melhor tradição bancomundialista."
leia a entrevista com o professor Roberto Leher em: http://www.cecac.org.br/MATERIAS/Entrevista_Roberto_Leher.htm
(...) "no interior das Universidades, depois de tantos anos de arrocho, com prédios caindo aos pedaços, falta de material de consumo em geral, bibliotecas sem livros básicos, laboratórios sem reagentes, instalações elétricas em curto, entre tantas outras mazelas, a oferta de “novos recursos” parece tentadora. E as administrações superiores (as reitorias) estão fazendo de tudo para convencer-nos que vale a pena cumprir todas as metas do governo para ter acesso a recursos que, nos projetos que apresentam, seriam suficientes para converter as instituições ao modelo proposto pelo REUNI."

O parágrafo acima é parte de um texto antiguinho, mas que dá uma boa noção do que é o REUNI:

http://www.fazendomedia.com/novas/educacao221007.htm

As caricaturas da UFRJ...


Tem gente no alojamento que vai gostar dessa charge...rs