Jorge de Salles, foi uma honra conhecê-lo

Já era um grande admirador da obra de Jorge de Salles anos antes de conhecê-lo. Sempre achei sensacional a forma como ele trabalhava a aquarela e ecoline em suas ilustrações, técnicas com as quais só fui ter contato de verdade na Escola de Belas Artes da UFRJ.


Há cerca de quatro anos atrás, quando a expressão "cartunista profissional" começou a fazer algum sentido pra mim, descobri que o Jorge foi ninguém menos que o criador do Salão Carioca de Humor, cuja primeira edição aconteceu na Laura Alvim, em 1988. O Humor Gráfico do Rio de Janeiro deve muito a Jorge de Salles por isso.


No dia 2 de março desse ano tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente no Centro Cultural da Justiça Federal, a propósito da Exposição de Arte Muito Especial, de sua curadoria, mostra que reuniu obras de arte feitas por jovens artistas com necessidades especiais, entre pintores, desenhistas e escultores.


Jorge de Salles faleceu aos 60 anos, em 2 de novembro de 2010, durante uma de suas tantas internações em razão de complicações em sua saúde, deixando um importante acervo com vários originais de J. Carlos, Mendes, Nássara, entre outros importantes nomes da História do Desenho de Humor do país. Foi curador também de mais de cem outras exposições, recentemente tendo nos presenteado com a exposição "Nássara 100 Anos".


Parafraseando o próprio Nássara, em uma entrevista que concedeu há muitos anos ao cartunista Amorim, "Jorge de Salles é o maior agitador cultural deste país. E tenho dito!"

Mais duas chargetas sobre UFRJ...

Implodiram a ala sul do Hospital Universitário e explodiram o fundo das bolsas dos estagiários e bolsistas da UFRJ.

(Im)plosão na UFRJ

Faça como o reitor, apertaqui!

Adeus, elefante branco!

Exposição Nássara 100 Anos

Esta exposição é de suma importância pra quem valoriza a história do cartum e do humor gráfico no Brasil, pois o mestre Nássara foi um dos nossos maiores desenhistas de todos os tempos. A curadoria é do recém falecido artista plástico e cartunista Jorge de Salles, alguém por quem eu tinha imenso apreço e respeito, pelas contribuições prestadas à cultura brasileira. 

Particularmente, esta postagem é motivo de grande orgulho, já que pude ter o privilégio de apoiar à organização da exposição auxiliando o Zé Roberto Graúna a levar os originais do Nássara da casa do Jorge até o local do evento.

A abertura da exposição Nássara 100 Anos será nesta terça feira dia 14, no Centro Cultural da Justiça Federal, ás 19 horas. 

Espero que os estimados colegas cartunistas prestigiem este evento, ao menos pela sua importãncia histórica para o humor gráfico carioca.




P.S.: Agradeço ao incansável jornalista Pedro de Luna pela divulgação da exposição no blog República dos Quadrinhos.

Ilustração

Eis uma ilustração que fiz pro último Jornal da UFRJ do ano. Pra uma matéria que fala sobre a lei dos resíduos sólidos (pra mim é basicamente um texto sobre reciclagem). 


Resisti muito para fazer essa ilustra, já que em se tratando de reciclagem na vida real, garrafas pet não viram flores e principalmente flores não viram garrafas pet.


Só que durante a criação dessa imagem me surpreendi com a plasticidade que essa ilustração possui, no sentido de que a abstração nesse caso passa a mensagem. Por si só talvez a ilustra não funcionasse tão bem, mas ilustração editorial é isso, auxilia o leitor na compreensão da matéria.


Desenhar temas cuja proposta é completamente nova pode ser um desafio, mas no final é um processo de aprendizado muito enriquecedor.


Vivendo e aprendendo.

Uma pausa

Pessoas,

A postagem de manhã vai ser a última antes da pausa pra mais uma frenética semana de fechamento (e mais uma vez) de dois jornais onde trabalho!

Fechamento de jornal é prioridade, pessoal.

Inté!

6º Encontro Anual dos Cartunistas do Rio de Janeiro

Tive a honra de receber esse convite do cartunista Ferreth. 

A sexta edição do Encontro Anual dos Cartunistas faz justa homenagem aos chargistas Ique e Aroeira, dois mestres da charge e da caricatura no Brasil.

Ao promover esses encontros, o Ferreth sem dúvida presta um grande serviço ao humor gráfico do Rio de Janeiro. 

UFRJ elitista?

A despeito de ninguém do movimento estudantil da UFRJ com quem fiz contato ter tido a gentileza de mandar algum texto pra embasar melhor essa postagem (sim, fui humilde em pedir), aí vai mais uma charge que ia ser publicada no joral Alô Aló. 

Aliás, um pequeno e já meio caduco debate sobre elitismo na UFRJ aqui, ó.

Proposta indecente!

Essa charge fiz esses dias para o jornal Opinião Sindical, do Sind-justiça.

É o Lula saindo de cena e a Dilma começando a ficar oficialmente sozinha nas charges, minha gente...

Como nos velhos tempos...

Mais uma charge sobre assistência estudantil na UFRJ que era pra segunda edição do natimorto jornal "Alô Aló". 

De todas que fiz praquele jornal, essa é de longe a que mais gostei. 

Me lembra os velhos tempos.

Haiti

Taí a outra charge que fiz pra última edição do jornal Fazendo Media, ilustrando uma matéria que fala sobre as tropas brasileiras no Haiti. 

Parte desssas tropas agora está no Rio de Janeiro tentando conter essa onda de violência.

Aliás, é muito interessante o fato de que que todos esses arrastões e veículos queimados sejam um fenômeno que começou a acontecer apenas após as eleições.

Mas isso já é assunto pruma outra postagem...

Alguns cartuns

Esses são alguns cartuns que fiz há alguns meses pra uma cartilha do projeto "Feira Agroecológica da UFRJ". A cartilha basicamente ensina tudo sobre rotulagem de alimentos orgânicos e terá como público alvo agricultores familiares e pequenos comerciantes.

Através do humor e da agilidade de poucos traços, o cartum consegue facilitar a comunicação com o leitor, principalmente quando a linguagem do texto é técnica ou específica demais.

A beleza do cartum é justamente essa: o desenho é uma linguagem universal.

Migalhas

Feita para o jornal A Nova Democracia desse mês, para uma matéria que analisa a relação de todos os partidos de esquerda socialista com as eleições.

Na minha humilde e talvez ingênua opinião, separando o joio do trigo, dá pra discernir quem faz um trabalho sério e quem não faz.


Como tudo na vida.

Vai ser só pra quem pode

Fiz essa charge pra última edição do jornal Fazendo Media. 

Ela ilustra a matéria sobre o encarecimento dos ingressos nos estádios, sob pretexto das "melhorias" que serão realizadas para a o mundial daqui a quatro anos.

Conheça o jornal Fazendo Media.

Me engana que eu gosto!

Charge feita para a edição de novembro do jornal 

A Nova Democracia.

E no Dia da Consciência Negra...

Essa charge era pra ter sido publicada no jornal Alô Aló, - periódico dos estudantes do alojamento estudantil da UFRJ. 

O jornal estava para sair desde agosto, mês em que a UFRJ optou pela proposta da reitoria de implantar provisoriamente o sistema de cotas sociais vinculadas ao ENEM. 

Na ocasião, setores do movimento estudantil e do movimento negro defenderam arduamente a implementação das cotas raciais na universidade.

E por falar em bolsas...

Essa charge eu fiz em fevereiro desse ano, pruma cartilha de um projeto da UFRJ. É justamente a respeito de assistência estudantil, sobre esse negócio de estagiário e bolsista receber com grande atraso ou mesmo até ficar meses sem pagamento.

A charge era pra ser publicada essa semana no Olhar Virtual, na matéria sobre o primeiro seminário de assistência estudantil da UFRJ, mas não sei por que não entrou.

E olha que tá bem amigável se comparada a charge da última postagem...

Bolsa! Pra quê te quero?!

Com dez dias de atraso de todas as bolsas dos estagiários da UFRJ, essa charge até que é uma reação meio branda pro meu gosto.

Por que você parou?

Maurício de souza e eu - foto do cartunista Nei Lima

Aqui vão algumas páginas de um velho caderno de desenhos que eu produzi quando tinha uns dez pra onze anos. Eu fazia historinhas tendo meus colegas e professores como personagens e publicava semanalmente no colégio, toda segunda feira.



É claro que era bem parecido com a Turma da Mônica. Difícil não ser. Tanto que quando na época eu não tinha idéia pra semana, bolava uns crossovers com personagens da Turma da Mônica nas minhas tiras interagindo com os meus. Aliás, gerações de quadrinistas e cartunistas começaram mais ou menos assim, sob essa influência. Mérito do Maurício de Souza, há de se convir.

Por essas e outras que ontem no encerramento do Rio Comicon, achei justo levar esse caderno de desenhos pra ele autografar.

Interessante que após assinar em uma página que eu tinha desenhado a Mônica, ele parou um instante, me olhou fixo, apontou pro desenho e disse: "por que você parou?!"

Isso me fez refletir sobre alguns estudos e esboços que foram parar na gaveta mas que poderiam virar projetos interessantes, idéias boas que acabei não levando adiante por estar envolvido demais com "os desenhos que tenho que fazer pra pagar as contas".

Aproveitei o feriado pra fuçar e selecionar os que valem mais a pena investir e aprimorar. Retomar algumas idéias com certeza vai dar em algum projeto muito em breve, e não quero deixar de ver isso acontecer!

Charge minha no Centro de Mídia Independente

Essa charge eu tinha feito pro jornal A Nova Democracia do mês passado.


Sinceamente não havia gostado muito dela, em termos de traço e desenho mesmo, por isso cheguei até a cogitar não publicá-la por aqui.


Mas acabou que publiquei, e pra minha surpresa ela foi republicada no Centro de Mídia Independente, e suscitou um pequeno debate sobre o tema.


Precisava me lembrar de que a reflexão que a charge traz pode ser mais importante que meu gosto pessoal.


Ás vezes vale a pena não deixar de publicar por conta disso.



Vivendo e aprendendo.

Obrigado, Ziraldo

Charge que fiz ontem no Rio Comicon e entreguei pro Ziraldo.

- Ziraldo, ortografa aqui pra nóis?

- Eu não, assina você.

- Eu?! Claro que não, autografa o meu desenho aê.

- Você não vai me dar esse desenho?

- Como?!

- Dedica esse desenho e dá pra mim!

- EU?!

- É!

- Ahn... depois te mando por email, pode ser?

- Não! Assina e me dá esse desenho, tá ótimo esse desenho!

- Ahn... tá, mas e você vai autografar aonde?

- Tem folha em branco?

- Aqui.

- Deixa eu assinar então:

Dilma-lá!

Essa charge eu fiz para o editorial do jornal A Nova Democracia desse mês, que lança um outro olhar sobre a sucessão presidencial.

Charge urgente!

Essa charge eu fiz pro Olhar Virtual da UFRJ dessa semana.


Toda charge tem por definição um sentido de urgência.


Mas essa em particular é mais urgente, já que a iraniana Sakineh pode ser executada a qualquer momento.


Entenda o caso aqui.

Uma pausa

Bem, pessoal, essa semana é semana de fechamento não de um, mas de dois jornais onde trabalho (quem trabalha em redação de jornal sabe a correria que é).

Adoro o que eu faço, mas acho que em nome da minha integridade física e sanidade mental, vou ter que parar por aqui alguns bons dias, não sei quantos.

Fechamento é prioridade, sempre.

Bem, recadim dado.

Té!!

Escolha difícil demais

Essa charge daqui é arroz de festa, cada cartunista fez a sua.

Enfim, fica pra registro.

Setentenário

Chargeta feita pro Olhar Virtual da UFRJ dessa semana.

Evitando os temas políticos...

S.O.S. aposentados!

Outra charge que eu fiz pro jornal do Sind-Justiça desse mês.

Tinha publicado essa sem querer aqui outro dia, mas acho que como charge de domingo fica melhor. (preciosismo meu).

Gostei muito dessa. É o caminho de traço que quero seguir no cartum, vamos ver no que dá!

Charge de outrora

Essa daqui eu fiz pro Olhar Virtual dessa semana, mas acabou não sendo publicada pois preferiram não lidar com as figuras dos presidenciáveis. Quem trabalha em redação de jornal sabe que esse tipo de coisa é comum.


Acontece que a charge tem muito mais sentido se publicada no momento exato do assunto.


Na ocasião, a idéia era criticar a polarização do debate das campanhas presidenciais entre os temas "aborto" e "casamento gay", já que praticamente só se falava nisso.


A charge não entrou, e um dia depois o debate caiu pra "bolinha de papel" ou "fita crepe".


Mas taí publicada aqui no blog pra registro do momento, e claro, como um ótimo exercício.

Será verdade?

Essa eu ia publicar ontem, mas como o Serra sofreu um atentado terrorista e foi em coma pro hospital...

Golpe político!

Charge sobre o tumulto do Serra com militantes do PT ontem lá em Campo Grande.

Pra quem não viu:

http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=1172&t=Serra+%E9+atingido+durante+caminhada+por+objeto+n%E3o+identificado

Não sou de fazer coro com o que a grande mídia corporativa afirma, mas convenhamos, essa reportagem do SBT foi direto na veia.

Outra charge pro Olhar

Outra chargeta que fiz pra editoria de notícias da UFRJ Olhar Virtual. Essa foi da da semana passada.

Ganha um doce quem advinhar o curso de cada um dos alunos desenhados acima...

Charge pro Olhar

Essa aqui eu fiz pra coluna de notícias Olhar Virtual, boletim digital da UFRJ.

Algo tinha me incomodado nessa charge a ponto de eu não cogitar publicá-la por aqui. Mas olhando bem pra ela agora, não tô encontrando o motivo.

Sou de lua.

STF - Supremo Trambiqueiro Federal - parte 2

Essa charge eu fiz para o jornal Opinião Sindical desse mês, do Sind-justiça.

Tabu...

Charge de domingo...

STF - Supremo Trambiqueiro Federal

(Charge feita para o jornal A Nova Democracia desse mês)



""Um tribunal que atenda a pretensões legítimas da população ao arrepio da Constituição é um tribunal no qual nem o povo pode confiar" — essa é a visão do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso..." (Leia mais aqui)

Peraí. Deixa ver se entendi. Então, um Tribunal não pode atender aos anseios do povo, não pode ter suas diretrizes movidas pelas necessidades da população, por mais LEGÍTIMAS que estas sejam?

Então o Tribunal deve atender ás pretensões legítimas de QUEM?

Ganha um doce quem acertar a resposta.

...e no Dia do Professor...

Fui ao médico e no centro resolver um monte de coisas, quando de repente, não mais que de repente, tive a idéia e não resisti: vim correndo pra casa fazer essa chargeta.

Candidatoscos - parte 4

Nada como a boa e velha luta pela sobrevivência...

DEMOcracia!

Essa charge eu fiz para o editorial do jornal A Nova Democracia desse mês.

Destaque para o trecho:

"E o que sempre conferiu esta liberdade aos órgãos da imprensa dos monopólios? Exatamente o fato de que as classes que controlam o Estado são as mesmas representadas pelo monopólio da imprensa, apesar de toda aparência de independência que desejam passar e imparcialidade que cacarejam praticar. Gozam da liberdade de eleger e derrubar presidentes, não porque revelam toda a verdade ao povo, mas porque agem conforme o desejo das classes a que pertencem e que dão o caráter ao Estado. "

Achei genial.

Coronel Picciani e sua forma toda especial de ser

Essa charge eu fiz para o jornal Fazendo Media de agosto-setembro.

A matéria de Gabriel Bernardo faz uma importante denúncia sobre a relação do ex-candidatosco Jorge Picciani com trabalho escravo. Sim, trabalho escravo.

Abaixo colei um trexo da matéria pra quem quiser conferir.



(...) "A cobertura da mídia nas ações do Ministério do Trabalho contra fazendeiros escravagistas está relapsa às ações da terceirização do trabalho no campo.

Apesar da eficácia do Ministério do Trabalho em autuar fazendeiros escravagistas, sua ação ainda não é suficiente, pois ainda existem apreensões reincidentes. Fora isto, ainda encontramos casos parecidos com o do candidato ao Senado do Rio, Jorge Picciani (PMDB-RJ), acusado de prática de trabalho escravo, maus-tratos a menores e abandono de empregados doentes justificado pela responsabilidade aos empreiteiros que terceirizaram mão de obra para sua fazenda.

Entende-se que a terceirização no campo funciona como um instrumento análogo à escravidão, e que até o momento a mídia não aprofundou esta análise. Fato que contribuí para que muitos fazendeiros e empresas se eximam de suas responsabilidades e continuem a explorar os trabalhadores. Exemplo disso foi a lei defendida pelo deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), seu filho, que se mostrou defensor do projeto de lei 4.302/98, que oficializa a substituição de trabalhadores com carteira assinada por mão-de-obra informal.(...)"